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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Simone de Beauvoir, Existencialismo e Feminismo

Nascida em paris, filha de um advogado e ator que então ainda acreditava fazer parte da aristocracia francesa, sua mãe, provinha de uma família da alta burguesia, porém à beira da ruína.Foi professora de filosofia de 1931 até 1943 em escolas de diferentes localidades francesas. Durante a segunda guerra mundial o racionamento torna a vida em Paris bastante difícil, ainda mais agravada pelo inverno mais rigoroso do século. Simone passa suas tardes refugiada na Bibliothèque Nationale, estudando a fundo Kierkegaard e outros. Em Março de 1941 faz parte da fundação de um grupo sobe o lema Socialisme et Liberté (Socialismo e Liberdade) composto por escritores e intelectuais com a tarefa de reunir e disseminar notícias, buscando apoio para a Resistência. Em 1961 Simone participa da criação de uma Liga para a União Antifascista, que organiza em novembro uma manifestação pela paz na Argélia.
Em janeiro de 1962 o apartamento dela é destruído por uma bomba plástica. A vida de Simone é ameaçada no dia em que aparece seu livro sobre Djamila Boupacha, escrito em parceria com Gisèle Halimi. O duplo testemunho torna mundialmente público o caso de uma argelina que, acusada de atentado, foi seqüestrada, torturada e violentada com uma garrafa quebrada por militares franceses. A paz na Argélia é declarada em março de 1962. Em 1970 Simone cria, juntamente com Michel Leiris uma associação, Les Amis de la Cause du Peuple, e em junho, ela e Sartre vão para as ruas distribuir o jornal. Nesta ocasião a polícia não os incomoda, mas na semana seguinte, quando o fato se repete, os dois são presos com mais 16 pessoas. Na delegacia, apenas o casal é liberado.
Sartre e Beauvoir explicam que haviam distribuído os jornais não para serem presos, mas por que acreditavam na liberdade de imprensa, e pretendiam mostrar a incoerência e covardia do chamado sistema judiciário. Em novembro, Beauvoir se engaja no Mouvement de Libération des Femmes.. Em 1974 cada vez mais ligada ao feminismo, Simone funda, juntamente com outras feministas, a Liga dos Direitos da Mulher.
Simone mantinha um relacionamento com o tanbem filosofo existnecialista Sartre. Em 1957 a saúde de Sartre começa a deteriorar-se. Obstinado, ele trabalha excessivamente, sustentado por grande quantidade de remédios, a esse ritmo frenético soma-se o abuso do álcool. Preocupada, não suportando vê-lo se destruir, Simone começa a assumir o papel de enfermeira e guardiã, esforçando-se para que ele limitasse o uso de intoxicantes, em vão. Com a morte de seu companheiro, em 15 de abril de 1980, Simone vê sua saúde se complicar, com o uso abusivo do álcool e das anfetaminas. Ela falece no dia 14 de abril de 1986, aos 78 anos de idade. Simone morreu em 14 de abril de 1986, um dia antes do aniversário da morte de Sartre, tendo realizado seus dois sonhos de infância: o de se tornar escritora e o de ser uma mulher independente. Mas também sem realizar um de seus maiores desejos desde que conheceu Sartre: o de que seu companheiro de toda a vida não morresse antes dela. Cinco dias depois ela é enterrada no cemitério de Montparnasse, junto ao seu amado Sartre.

Patriarcado, o problema sem nome

No campo das ideias Simone de Beavoir se inspirou principalmente no existencialismo e no feminismo sendo a primeira (até onde vai meu conhecimento) a juntar ambos revolucionando assim o campo de atuação do feminismo e sua visão. Se inspirava principalmente no criador do existencialismo Kierkgaard ao qual leu muito durante o periodo da segunda guerra. Kierkgaard como cristão acreditava que a corrupção inerente ao homem faz com que toda sociedade seja igualmente corrupta e opressora e mesmo quando o individuo tenta se livrar dessa corrupção a moral social arrasta essa pessoa novamente pra baixo fazendo com que o individuo livre trave uma luta eterna contra a moral social corrupta ao seu redor. Já o feminismo foi criado por Mary Wolltonecraft, cuja a fonte de mesma inspiração que Kierkgaard a motivava a lutar por uma sociedade livre e mais igual onde as mulheres e os homems tivessem iguais oportunidades. Não tolerando assim o preonceito, criticando entre outras coisas o casamento institucional que condicionava a mulher a escrava do homem e clamando contra os abusos e violencia que a propria desigualdade causavam.
Um dos meritos da Simone de Beauvoir foi unir as duas correntes criando assim um ponto de vista completamente novo. Do mesmo modo então como a sociedade está carregada de moralismos opresores, igualmente a questão do machismo se enquadra entre essas morais. O sexo masculino compreendia a medida primeira pela qual o mundo inteiro era medido, incluindo as mulheres, sendo elas definidas e julgadas por este padrão. O mundo pertencia aos homens. As mulheres eram o “outro” não essencial. deBeauvoir observa esta iniqüidade do status sexual em todas as áreas da sociedade incluindo a industrial, política, educacional e até mesmo em relação à linguagem. As mulheres foram forçadas pelos homens a se conformar e se moldar àquilo que os homens criaram para seu próprio benefício e prazer. Às mulheres de seus dias não foi permitido ou não foram encorajadas a fazer ou se tornar qualquer outra coisa além do que o feminino eterno ditava. A moral do ideal feminino tornou muitas mulheres infantis e frívolas, quase como crianças, levianas e femininas; passivas; garbosas no mundo da cama e da cozinha, do sexo, dos bebês e da casa. Ela afirma que a única maneira para a mulher encontrar-se a si mesma e conhecer-se a si mesma como uma pessoa seria através da obra criativa executada por si mesma para alem dessa moral. Friedan batizou o dilema das mulheres de “um problema sem nome”. Para se libertar disto, as mulheres precisariam ter controle de suas próprias vidas, definirem-se a si mesmas e ditar o seu próprio destino. No final dos anos 60 a autora feminista Kate Millett usou o termo “patriarcado” para descrever o “problema sem nome” que afligia as mulheres. O termo tem sua origem em duas palavras gregas: pater, significando “pai” e arche, significando “governo”. A palavra patriarcado era entendida como o “governo do pai”, e era usada para descrever o domínio social do macho e a inferioridade e a subserviência da fêmea. As feministas viram o patriarcado como a causa última do descontentamento das mulheres. A palavra patriarcado define o problema que deBeauvoir e Friedan não puderam nomear mas conseguiram identificar. Assim com a união dessas duas correntes de pensamento libertário surge o feminismo moderno, sabendo localizar uma das grandes causas da opressão feminina e assim estendo seu combate para alem da politica, tanbem na cultura e contra o moralismo social.
Snow Pantra
Algumas Fontes: http://www.simonebeauvoir.kit.net/

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